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Nota de repúdio à violência sofrida pelo professor Adriano Gomes

O Comitê Estadual de Memória, Verdade e Justiça do Rio Grande do Norte manifesta seu mais profundo repúdio à agressão sofrida pelo professor Adriano Gomes, durante a colação de grau das turmas de Jornalismo da UFRN, quando foi atacado por encerrar seu discurso com a frase: “Fascismo nunca mais”.


O ato covarde dirigido a um professor dentro de uma universidade pública expõe, mais uma vez, que o autoritarismo e a intolerância ainda estão presentes em nossa sociedade. Trata-se de um gesto que não se limita a uma agressão individual, mas que simboliza a tentativa de calar a palavra, de intimidar a crítica e de criminalizar o pensamento livre — práticas que conhecemos bem pela história de violência política e perseguição que ainda pesa sobre o Brasil.


O Comitê reafirma seu compromisso com a democracia, a liberdade de expressão e os direitos humanos, pilares inegociáveis de uma sociedade justa. Repudiamos com veemência toda forma de violência e intimidação, em especial aquelas que buscam naturalizar o fascismo e apagar a memória das lutas do povo brasileiro contra a ditadura e contra todas as expressões do autoritarismo.


Ao professor Adriano Gomes, que há décadas dedica sua vida à formação de jornalistas comprometidos com a verdade, reiteramos nossa solidariedade e nosso respeito. Sua voz ecoa a de milhares que, ontem e hoje, resistem à truculência e reafirmam: fascismo nunca mais.


Natal, 16 de agosto de 2025

Comitê Estadual de Memória, Verdade e Justiça do Rio Grande do Norte


 
 
 

1 comentário


Atitudes como essa evidenciam que nosso país ainda enfrenta o risco iminente de um retorno ao fascismo. A disseminação em massa de sentimentos negativos, que excluem e buscam restringir os direitos de determinadas grupos, é preocupante. A cada dia que passa, o espaço para a diversidade e a liberdade diminui, e o temor de que esses tempos sombrios possam retornar me incomoda profundamente. Por isso, temos que continuar nossa luta neste período crítico, a fim de evitar que o fascismo reassuma o poder. Aqueles que operam nas sombras, aguardando o momento propício para voltar a atacar e justificar suas ações, precisam ser confrontados. Lamento muito pelo professor; essa situação revela que eles estão se fortalecendo à medida que as eleições…

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